Página de Walter Eudes

28/01/2023

A CERCA DO QUE É E DO QUE NÃO É PASSADO

Filed under: Arquivo Geral — waltereudes @ 13:33

O progresso acelerou as conclusões da história… Que, quando em tempos remotos, as etapas da história transcorriam em alguma morosidade através de muitas gerações… Daí que são seculares ou milenares as configurações políticas – Idade média, Império Romano, duram vários séculos… A cada período extenso da antiguidade lentamente vão se confrontando visões de mundo; lentamente as grandes batalhas ocorrem através de várias gerações… E então a superação do mau se dar em tempos longicuos de modo definitivo e consolidado!! E não se vê o ressurgir de práticas maléficas… Onde uma inquisição na atualidade? Também, onde tráfico negreiro? São práticas expurgadas por séculos de esforços. De sofrimentos e de algum (tosco) amadurecimento da humanidade…
Mas como firmar “tempos passados” a vivências recentes? De décadas apenas? Ora! Não é passado!! (O será, oxalá!!). Há continuidade entre gerações próximas de valores e percepções de mundo, de vida… Se em duas, três, quatro gerações não ocorreu o transpor ainda do TEMPO HISTÓRICO. Há ainda em hiatos de décadas, até mais de século, uma continuidade , um nexo, DO PRESENTE COM O PASSADO RECENTE…
Se, fala-se de intensos conflitos, antigos “atores” nomeam “sucessores” a defender e propagar suas idéias e ideais … De modo que às primeiras décadas do século XXI há tão somente uma continuidade de todo o século XX ao menos – se não o século XIX também em proeminência. Às perceptivas de estrutura social -econômica -politica atuais, sem dúvida existe um bloco histórico iniciado por volta dos meados do século XVIII ainda inconcluso… Por isso um Imanuel Kant é tão necessário ainda…

Perceba-se pós, o imediatismo do século XX, com um arcabouço tecnológico colossal e note-se a rapidez com que “cenários” humanos, políticos e geopolíticos se transformaram… Note-se ao comparar com o mundo antigo e medieval a diferença temporal do que em séculos ou milênios era necessário às grandes mudanças, ocorrem no contemporâneo em poucas décadas, às vezes poucos anos…
Então, entendendo a rapidez da contemporânedade e o “ritmo da história” , lento por natureza, sabe -se que o vivenciado por gerações imediatamente anteriores à(s) atual(is) É O MESMO TEMPO HISTÓRICO!… Ou seja, TUDO É PRESENTE SE O TEMPO É POUCO.
Daí haver uma continuidade direta dos trágicos acontecimentos bélicos da primeira metade do século XX com as vivências das imediatas gerações posteriores… E pesa a responsabilidade de quem à consciência histórica chega de não cessar no refutar, de vencer o mau supremo… Porquê, repita -se, AINDA NÃO EXISTE PASSADO CONSOLIDADO.

Como fazer o enfrentamento das ressurgências do “mau banalizado”?
Como refutar conceitos e preconceitos “iberrnados” por algumas décadas, nutridos e ansiosos por de novo tomarem proeminência?

São muitas as estratégias de enfrentamento do mau institucionalizado… Uma delas é pensar sobre a história e conferir a cada “ator histórico” sua cota de responsabilidade à civilização ou sua cota de responsabilidade à barbárie.

Walter Eudes
27/01/2023

08/01/2023

O SÉCULO CINZENTO

Filed under: Arquivo Geral — waltereudes @ 15:21

Foi o século XX. Por imagens fotográficas estáticas ou cinéticas que registrou pessoas, lugares, coisas e a natureza em tons de cinza e em preto e branco. Ou era assim ou não era nada. Antes da chegada tecnológica das cores nas imagens, a alegria de receber um cartão postal de uma rua de um lugar distante com todos os detalhes de um ângulo de visão era incrível, claro. Igualmente foto pessoal de uma pessoa próxima. Também assistir um enredo encenado ou imagens de lugares distantes com pessoas, ruas, habitações, etc que o cinema propiciava era igualmente incrível! E por uns 50(cinquenta) anos ou era as imagens em preto e branco ou não era nada.
E que memória coletiva firmou-se na inconsciência coletiva das pessoas de hoje deste século, o XX? Um tanto acabrunhado, opaco, triste e às vezes sem graça. Toda a iconografia de imagens da primeira metade do século XX praticamente, bem como fins do XIX nos trazem esta falsa impressão involuntária…
Claro, ao nos pormos em apuro de percepção, de esforço dedutivo, lembramos/sabemos que as cores sempre existiram!!
Assim, com o “mau costume” de algum preconceito ao (pseudo) cinzento século XX, particularmente sua primeira metade, nos impressionamos quando vemos o que talvez seja próximo à realidade das cores…
Como nos mostra estas fotos…
A primeira, original, a segunda manipulada por colorização.

RUA DA IMPERATRIZ, Recife-PE Brasil -1953 (fotos do acervo do Instituto Ricardo Brenan)

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